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03/03/2020
CPI colhe depoimento de ex-governador Silval Barbosa
Câmara Municipal de Cuiabá

O ex-governador Silval Barbosa voltou a confirmar que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), recebeu dinheiro oriundo de propina que ele apoiasse os projetos do Executivo na época em que era deputado estadual, nos anos de 2012 e 2013.

A declaração foi dada durante oitiva nesta segunda-feira (02.03), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro, e conhecida como "CPI do Paletó".

Segundo o ex-governador, ele repassava um "mensalinho" a deputados estaduais para que aprovassem projetos do Executivo e não atrapalhassem o andamento das obras da Copa do Mundo e do Programa MT Integrado.

Em uma dessas ocasiões é que o então deputado Emanuel Pinheiro foi flagrado recebendo maços de dinheiro e os colocando no paletó.  As imagens foram gravadas por Silvio Correa, ex-chefe de gabinete do Silval, e vieram à tona a partir do acordo de delação premiada firmada com a Procuradoria Geral da República (PGR).

 “Silvio não aguentou mais o inferno e fez a gravação. A gravação daquela fita era propina fruto de extorsão. Não tinha outra coisa. Nada a ver com pesquisa”, disse o ex-governador, em referência à alegação de Emanuel Pinheiro, de que o dinheiro seria fruto de uma dívida pelos serviços de pesquisa, supostamente prestados a Silval por seu irmão, Marco Polo Pinheiro.

Ainda segundo Silval Barbosa, o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Valdísio Viriato, era o responsável por conseguir o dinheiro junto às empresas do programa MT Integrado, de asfaltamento de estradas, para repassar aos deputados.

Ao todo, foram pagos R$ 600 mil, em 12 vezes, e cada deputado recebeu R$ 50 mil. Ainda segundo Silval Barbosa, ele chegou a pagar R$ 15 milhões ao ano em mensalinho aos deputados estaduais. Os pagamentos dessas propinas ocorreriam no Palácio Paiaguás e também na Assembleia Legislativa.

"Como eu disse, o acordo foi feito com deputados para não criar problemas para mim no parlamento. Quando eu precisava de legislação, suplementação, eu ia ter ela na mão. Sem demorar. Mas ele participou de todo esse esquema que eu narrei. Se é inocente? Fica aí a avaliação de vocês", afirmou.

Outras oitivas

Além do ex-governador Silval Barbosa, o ex-chefe de gabinete dele, Silvio César Corrêa, já prestou depoimento para a comissão e também reafirmou que o dinheiro se tratava de propina.

Também estão previstos outras duas oitivas. Valdecir Cardoso, que auxiliou Silvio Corrêa na montagem do equipamento que gravou Emanuel Pinheiro,  será ouvido em 09 de março.

Já em 16 de março será a vez do ex-secretário de Estado Allan Zanata, pois ele foi o responsável por gravar um áudio junto a Silvio Corrêa, cujo conteúdo supostamente colocaria em risco a delação do ex-governador Silval e, por consequência, o vídeo em que Emanuel Pinheiro é flagrado.

O áudio foi encontrado na casa de Emanuel Pinheiro durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão durante a Operação Malebolge.

Karine Miranda | Assessoria Vereador Marcelo Bussiki



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