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10/03/2020
Promotora usa Tribuna Livre para instigar mulheres a maior participação política
Câmara Municipal de Cuiabá
A Promotora Pública Marcelle Farias usou a tribuna livre durante a sessão ordinária desta terça-feira (10) para tratar sobre os 88 anos da conquista do voto feminino.

Convidada pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB), a promotora conclamou as mulheres para a necessidade de uma maior participação feminino na atividade política da cidade.

Ela ressaltou que as mulheres são em maior número na população, mas ainda são apontadas como minoria, resultado do que ela classifica como falta de representatividade. Situação que já ocorria desde os tempos do Brasil Imperial, pois a Princesa Isabel já questionava: se uma mulher pode reinar, por que não pode votar?

O direito ao voto no Brasil foi conquistado pelas mulheres somente no ano de 1932 e mesmo assim, necessitava da autorização do marido. Caso fosse viúva, a mulher precisava provar que trabalhava para exercer o direito do voto.

E até mesmo o trabalho, hoje tão comum para o sexo feminino, foi mais uma necessidade promovida por um fato trágico do que fruto de uma tomada de consciência. “A mulher foi trabalhar porque a 2ª Guerra Mundial requisitou os homens para as batalhas. Então a mulher foi chamada e ela gostou e decidiu ficar”, pontuou a promotora. 

Porém mesmo depois de todos esses avanços, no Brasil a representação feminina ainda é pífia, destacou a promotora. “Vamos pensar na divisão do fundo partidário. Tem igualdade dentro dos partidos?”, para em seguida ressaltar que a falta de representatividade feminina aceita que a minoria determine as leis que vão reger a maioria, resultado de uma cultura que vê o homem como único detentor dos direitos. E como exemplo citou o recém reformado Código Civil que “foi feito por homens em 1916 e vigorou até 2003 e dizia que o homem tinha o direito de desfazer o casamento caso descobrisse que a esposa tinha perdido a virgindade antes do casamento”, disse.

Essa situação em que pese o tempo passado, de certa forma ainda permanece tendo em vista que uma das leis mais impactantes no país é fruto de uma determinação da Corte Interamericana de Direitos Humanos e não da população brasileira: a Lei Maria da Penha. Mas a força da maioria pode ser mostrada com um fato histórico. 

“Na Grécia por volta de 440 A.C., a população votou para escolher o nome da cidade atual capital do país. A disputa se deu entre os nomes Poseidon ou Atenas? E as mulheres, votaram em massa por Atenas”, relatou a promotora, demonstrando que uma das possibilidades para aumentar a representatividade política é mulher votar em mulher.

Etevaldo de Almeida | Câmara Municipal de Cuiabá



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