A mãe do vendedor ambulante Reginaldo Donnan dos Santos Queiroz, Odaísa Queiroz, e a irmã Daniele Aparecida Queiroz pediram aos vereadores na sessão desta quinta (17) que aprovem o projeto de lei de autoria do vereador Leve Levi (PP) que regulamenta a contratação de segurança privada nos shopping´s centers, casas noturnas e eventos similares, que encontra-se em tramitação da Câmara Municipal de Cuiabá. "Peço que esse projeto seja aprovado e haja maior fiscalização e situações como essas possam ser evitadas”, disse Daniele. Reginaldo foi morto brutalmente no dia 1º deste mês após ter sido vítima de espancamento por seguranças do shopping Goiabeiras.

Ainda muito abalada, a família pediu que a Justiça seja feita e os criminosos cumpram devidamente a pena. “O que fizeram com ele foi monstruoso. Além de baterem nele, eles o chamaram de vagabundo”, disse a irmã. A vida de Reginaldo foi interrompida aos 31 anos. Ele acabara de passar num concurso público em Mato Grosso do Sul.

Segundo declarações da mãe, era estudioso e muito esforçado. Vindo de uma família carente, sonhava em montar o próprio escritório de contabilidade. Mas, esse desejo foi tirado pelas mãos de cinco seguranças que, conforme depoimento prestado à polícia, o confundiram com um assaltante e, por isso, o abordaram e bateram nele até deixá-lo em coma profundo.

Pela projeto de Levi, o segurança ou vigilante deve ser devidamente identificado e empregado em uma empresa autorizada, controlada e fiscalizada e ainda tem de possuir curso de formação e de reciclagem e ter a carteira nacional de vigilante, emitida pelo Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal. As empresas têm a obrigação, segundo o parlamentar, de garantir a integridade física e moral dos cidadãos e utilizar, moderamente, dos meios necessários nas eventuais intervenções. Além disso, cada estabelecimento deve elaborar um plano de segurança, que deverá ser apresentado e aprovado secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.

Pollyana Araújo