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21/03/2011
Júlio Pinheiro alerta para má utilização e escassez cada vez maior da água em Cuiabá
Principal responsável pela poluição do Pantanal de Mato Grosso, a questão do saneamento básico de Cuiabá exige medidas de choque e urgentes por parte das autoridades. A avaliação partiu do presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), ao revelar que prepara para a sessão matutina desta terça-feira (22/03), o lançamento de “uma proposta bombástica” sobre o tema. Júlio Pinheiro convocou as autoridades de Mato Grosso para uma reflexão, neste dia 22 de março, quando se comemora o Dia Mundial da Água, que teve início em 1993, por sugestão das Nações Unidas (ONU). O presidente da Câmara recordou que o município é cortado por 20 córregos. Todos sem vida. Mortos por causa da poluição, principalmente do esgoto ‘in natura’ jogado em seus leitos.“Aproximadamente 70% da superfície terrestre é coberta por água, o que tem levado o homem a ter uma falsa sensação de abundância desse recurso, acreditando-se que ela seja inesgotável. E isso se repete em Cuiabá, também”, observa ela. Após o estudar o tema, Pinheiro adverte que, do total de água disponível, apenas 0,6% podem ser utilizados pelo homem para seu consumo.Entretanto, 70% desses 0,6% são utilizados na agricultura, 22% na indústria e apenas 8% nas cidades, para consumo humano. “Prova disso é a constante falta de água tratada em Cuiabá”, justifica. Júlio Pinheiro acredita que a visão de que a “água é inesgotável”, aliada ao desperdício e à falta de uma política de gestão efetiva, tem levado a sérios problemas de escassez.  “Uma das maiores provas das conseqüências que o uso irracional da água aliado a uma política de gestão equivocada pode ocasionar são os desastres naturais, como na região Serrana do Rio de Janeiro e, agora, o terremoto e tsumani no Japão”, avalia ele. Outro problema para a sobrevivência do Pantanal mato-grossense está na lavoura. As chuvas existente na região carregam, além de sujeira, todos os restos agrotóxicos e fertilizantes utilizados nas plantações desenvolvidas em parte do Médio Norte e Vale do Cuiabá. “Hoje, cerca de 50% das espécies de animais correm risco de extinção”, pondera o presidente da Câmara, advertindo para o risco de uma das maiores catástrofes ambientais da humanidade. O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Câmara Municipal, vereador Pastor Washington Barbosa (PRB), cita que, em Cuiabá, milhares de cidadãos não têm acesso à água potável, apesar de a cidade ser cortada por dois rios e 20 córregos. “Continuando assim, em breve, a teremos que captar água em bacias distantes, como Chapada dos Guimarães, uma vez que a poluição tem tornado imprestável para consumo as fontes próximas”, completa Pastor Washington.
Parafraseando a filósofa Elenita Rodrigues, o vereador Adevair Cabral (PDT), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, aponta que “Uma gota de água só terá valor de uma gota de água, se o balde não estiver cheio”.
“Com o aumento da população na Baixada Cuiabana, os peixes se foram e a água está escassa. Para uma região que historicamente se alimentou de peixes, vive-se uma ‘crise da fome’ sem precedentes. Ronaldo Pacheco

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