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06/09/2011
Edivá Alves alerta para risco de modelo de transporte causar endividamento de Cuiabá
Luiz Alves
O presidente da Comissão Especial de Acompanhamento e Fiscalização das Obras da Copa do Mundo de 2014, vereador Edivá Pereira Alves (PSDB), disse que o Governo de Mato Grosso precisa, antes de aprovar o modal de transporte Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), garantir que irá subsidiar mensalmente o valor de quase R$ 3 milhões, como forma de manter os gratuidades existentes hoje no transporte público de Cuiabá. A afirmação foi feita pelo vereador durante sessão ordinária da Câmara de Cuiabá, realizada nesta terça-feira, 7/9.

Para chegar a esse número, Edivá Alves informou que fez uma análise do provável faturamento do VLT tendo como base os dados atuais obtidos junto a Secretaria Municipal de Transporte Urbano (SMTU) sobre o transporte público. E, na análise de custo, foi considerada uma tarifa única de R$ 2,50. “São dados oficiais e que incluem os custos do município com bilhete único e passes livres”.

Segundo o documento apresentada pelo vereador, o possível faturamento diário do VLT seria de R$ 184 mil e as despesas somariam em um mês cerca de R$ 300 mil, portanto, a diferença a ser subsidiada diariamente pelo governo ou prefeitura seria em torno de R$ 116 mil. “Isso corresponderá a R$ 3 milhões por mês para manutenção da gratuidade e custeio em geral”, argumenta o parlamentar tucano.

Edivá citou o exemplo da cidade de Porto, em Portugal, que há 10 anos apresenta prejuízos devido à implantação do Veículo Leve sobre Trilhos, cujo modelo é o copiado pela Agecopa. “O Governo de Portugal subsidia 15% do valor do investimento do VLT, já em Turim, na Itália, o subsídio é de quase 70%. Em ambos os países o VLT está apresentando prejuízo”. Edivá lembra, no entanto, que “o estudo não é científico”. 

O parlamentar do PSDB ainda se mostrou muito preocupado com os desentendimentos que estão ocorrendo dentro da própria Agecopa em relação à escolha do modal de transporte público. Situação que, conforme Edivá, ficou muito evidente na audiência pública realizada pela Assembléia Legislativa, na sexta-feira passada (2/9). “Havia no plenário torcida a favor do VLT e contra o BRT. É preocupante, pois, na verdade, estão todos contra Cuiabá”, justifica Edivá Alves.

Na tribuna da Câmara, o vereador também mencionou seu desânimo com as obras da Copa e com a inutilidade da audiência pública, uma vez que não repassou nenhuma nova informação. “Esperávamos obter os dados sobre a infraestrutura, principalmente, dos custos dos dois modelos de transportes, mas nada disso foi colocado”, finalizou.

O vereador Misael Galvão (PR), segundo vice-presidente da Comissão Especial da Copa do Pantanal de 2014, defendeu que a Câmara Municipal realize, com urgência, uma audiência pública para discutir o modal a ser adotado por Cuiabá. “Não podemos ficar à mercê de dados divulgados por diferentes organizações e órgãos. A Câmara precisa liderar o debate e conhecer as informações sobre o que é melhor para a cidade”, observa Misael.

Alice Matos



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