Na sessão ordinária de hoje (05-03) da Câmara Municipal de Cuiabá, aberta pelo vice-presidente do Legislativo, Onofre Júnior, e presidida por João Emanuel, o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública do Pedra 90, Jaime dos Santos, posicionou-se na Tribuna Livre para cobrar melhorias no sistema de transporte coletivo ofertado aos bairros da região Sul. Segundo ele, os moradores têm sido prejudicados cotidianamente, pois os ônibus, além de trafegarem lotados, sempre atrasam e/ou sequer param para pegar passageiros posicionados nos pontos ao longo do trajeto até o centro.  Ele também cobrou para que os bairros adjacentes (Jardim Industriário, Nova Esperança) tenham suas próprias linhas, ao invés de depender de "carona" dos coletivos procedentes do Pedra 90.
 
"Idosos, deficientes, são os mais prejudicados. Não é fácil pra eles transitarem em carros superlotados. Muitos aguardam horas à espera dos coletivos, que nem sempre respeitam seus direitos, ignorando-os por completo. Sem contar as arbitrariedades que acontecem. Uma idosa, por exemplo, sem cartão, foi obrigada a desembarcar porque não tinha R$ 0,5 para complementar o preço da tarifa. Uma outra ocorrência teve lugar na Avenida Fernando Corrêa da Costa: depois de aguardar das 20 horas às 00hs, quando vários ônibus passaram e não pararam, um grupo de passageiros do Pedra 90 se deslocou até à garagem da empresa para exigir o cumprimento do serviço".
 
O Pedra 90 dispõe, ao todo, de cinco linhas, informou, as 705, 708, 704, 720 e 721. "A 720 tem seu ponto final na Rua 27, distante mais ou menos uns 1.500 metros do terminal. Então, os passageiros que se dirigem ao centro têm que andar esse trecho debaixo de sol e chuva, sem contar o perigo de assalto no horário noturno. Já a linha 720 simplesmente não circula nos finais de semana.  Quem reside em Vista da Chapada tem passado sufoco aos sábados e domingos, que se transformam em feriados para as empresas de transporte coletivo que servem àquela região. O único ônibus que passa por lá é o do Shopping Pantanal, que não vai ao centro da capital".
 
Todos esses transtornos vêm ocasionando problemas dos trabalhadores nos seus respectivos ambientes profissionais, denunciou Jaime Santos. "Isso porque o patrão exige cumprimento de horário por parte dos seus funcionários. E quando os atrasos acontecem, o patrão nem quer saber se foram motivados por falhas no transporte coletivo. Contamos assim com o apoio desta Casa de Leis no sentido de exigir das autoridades do município, dos gerenciadores desse sistema, uma solução satisfatória. É inadmissível que uma cidade do porte de Cuiabá tenha um transporte coletivo tão deficitário, na contramão dos projetos da Copa 2014 e do VLT, que logo estará aí. É uma reivindicação maciça de todos os dirigentes de associações do Grande Pedra 90".

João Carlos Queiroz/Secom/Câmara