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07/03/2013
Vereador Allan Kardec propõe moção de repúdio contra agressão da PM a estudantes
Otmar de Oliveira
Na condição de professor, defensor assíduo das causas educacionais e ainda aluno da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) onde cursa Mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea (Ecco/UFMT), o vereador Allan Kardec (PT) condenou o ataque de policiais da Rotam contra um grupo de universitários durante um protesto pacífico na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, na tarde desta quarta-feira (06). Ele acompanhou de perto, na noite de quarta, o drama dos estudantes alvejados por balas de borracha e humilhados na delegacia onde foram levados presos e algemados e prestou auxilio aos estudantes.

O parlamentar, durante a sessão da Câmara Municipal de Cuiabá desta quinta-feira (07),  cobrou providências da cúpula da Segurança Pública e já trabalha na confecção de uma moção de repúdio que deverá ser encaminhada ao governador Silval Barbosa, ainda nesta quinta. “Vou oficializar ao governador o meu repúdio e de vários colegas vereadores aqui desta Casa, contra os policiais da Rotam e o capitão que comandou a ação de ataque contra os estudantes”, enfatiza Kardec.
 
Na agressão policial, pelo menos 10 universitários foram alvejados por balas de borracha disparadas por homens da Rotam, considerada a tropa de elite da Polícia Militar e  treinada para lidar com situações adversas de conflito intenso, o que não era o caso do manifesto estudantil. O ato em protesto contra o fechamento de 5 Casas de Estudantes Universitários, medida tomada pela reitoria da UFMT sem consultar os alunos, ocorria de forma pacífica, mas uma equipe da Rotam chegou ao local intimidando os participantes do movimento. Em seguida começou a atirar à queima-roupa em toda a multidão.

Mais grave do que isso, ressalta o vereador Allan Kardec, foi o que aconteceu no Cisc do Planalto, delegacia para onde os líderes estudantis foram levados baleados, algemados e colocados numa cela da unidade policial.

A advogada Ioni Ferreira Castro e Marco Antônio Magalhães, também advogado, membros da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat),  que deslocaram ao Cisc para acompanhar os depoimentos dos alunos, foram agredidos e impedidos de exercer suas funções. “E pior do que isso, foram presos acusados de desacato à autoridade. Um policial gritou com a doutora Ioni e mandou-a calar a boca. Disse que na delegacia quem mandava era ele”, enfatiza o vereador que acompanhou de perto toda a situação no Cisc até por volta da meia noite.

Conforme relatos de estudantes agredidos e vários vídeos publicados nas redes sociais mostrando a ação truculenta dos policiais, os universitários foram agredidos quando já dispersavam o movimento. Não houve, em momento algum, qualquer reação dos manifestantes no sentido de agredir os policiais com pedras e pedaços de madeira, como alega a Polícia Militar em defesa dos agressores. “Existem policiais que usam a farda para colocar para fora o neonazismo que existe dentro deles. E isso não podemos mais aceitar, pois a ditadura já acabou. Pessoas assim, não podem usar a farda da Polícia Militar e manchar o nome de uma instituição tão séria", esbravejou Kardec na tribuna.

Vários vereadores, entre eles o presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD) compartilharam o posicionamento de Allan e condenaram o que eles classificaram como uma covardia policial desnecessária. O presidente da Casa, que também é advogado, condenou ainda a ação arbitrária da polícia ao impedir que os advogados da Adufmat  desempenhassem suas funções na delegacia. Enfatizou que espera providências urgentes da Ordem dos Advogados do Brasil sobre o episódio que a Câmara vai acompanhar o caso e ver quais medidas poderão ser adotadas para cobrar da Polícia Militar uma punição aos culpados.

Os vereadores cobram providências para coibir novos abusos, visto que esse não o primeiro episódio semelhante. Kardec lembrou a confusão envolvendo também policias militares contra o estudante africano Toni Bernardo da Silva espancado até a morte em setembro de 2011, numa lanchonete nas proximidades da UFMT. “A superintendente de Gestão Escolar da Seduc, Janaína Pereira Monteiro, ficou durante um ano recebendo ameaças de policias por cobrar providências no caso. Isso é inadmissível. Agora, queremos que os covardes que agrediram os estudantes sejam identificados e presos”, enfatizou Allan Kardec.

Welington Sabino/Assessoria de Gabinete



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