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20/12/2017
Moradores protestam contra instalação do IML em área residencial
Brunna Maria/Câmara de Cuiabá
presidente do bairro Recanto dos Pássaros, Ronald Muzzi
Os moradores que residem na região da Estada do Moinho, em Cuiabá, protestaram contra a instalação do novo Instituto Médico Legal (IML) na área residencial do bairro Jardim Universitário. Eles estiveram na Câmara de Cuiabá, nesta terça-feira (19), pedindo o apoio dos vereadores para que estes possam intervir na instalação do instituto.

O projeto do novo IML foi anunciado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), na última semana, e prevê uma área total de aproximadamente 1.950 m², que contará com recepção, salas de trabalho e de atendimento médico, setor de identificação, medicina legal, alojamentos, elevador, entre outros setores.

O prédio é alugado e a previsão é de que primeira etapa das obras seja concluída até no primeiro semestre de 2018. Para os moradores, contudo, a instalação do IML naquele local é irregular, uma vez que não foi discutida junto com os moradores da região, que não possuiria as licenças ambientais e de impacto, bem como alvará de localização para atividades como as de um IML.

“Fomos pegos de surpresa com a divulgação na mídia da implantação do IML na nossa região. Estivemos ontem na secretaria de Ordem Pública, que nos disse que essa obra está embargada e nos causa muita estranheza que essa obra esteja licenciada para ser uma galeria comercial e praça de alimentação. Em momento nenhum fala em IML”, disse Ronald Muzzi, presidente do bairro Recanto dos Pássaros.

Diante das possíveis ilegalidades, segundo Muzzi, os moradores já formalizaram uma denúncia junto ao Ministério Público do Estado (MPE) e já acionaram as secretarias de Meio Ambiente e Ordem Pública, da Prefeitura de Cuiabá, para verificar as regularidades e cobrar as correções no projeto de modo que o IML não seja instalado em uma área residencial e, muito menos, próximo de área de preservação, como proposto atualmente.

 “Queremos apoio nessa ação. Somos uma região do Moinho que compreende seis bairros, estritamente residenciais, e uma população de 36 mil habitantes. Temos dois condomínios a menos de 200 metros e uma escola estadual bem próximo de onde será instalado o IML. As coisas precisam ser feitas com transparência. Nunca chamaram nossa comunidade para tratar sobre isso”, afirmou.

O vereador Luis Claudio (PP) deu apoio ao pleito dos moradores e questionou ainda os custos de realizar a readequação de um imóvel alugado para atender uma demanda tão específica, quanto a do IML. “Por que alugar um prédio do IML tão longe do novo hospital que está sendo construído no Ribeirão do Lipa? Que logística é essa? Pelo projeto apresentado, estão tendo que adequar o imóvel todo, com valores de aluguel que desconhecemos. Isso precisa ser revisto”, disse o vereador.

Uma reunião com o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) e o governador Pedro Taques (PSDB) será solicitada para que os vereadores, junto com os moradores, discutam as soluções para evitar a instalação do IML naquela região.

“Esse IML está sendo instalado de forma sorrateira e na calada da noite. A população estava comemorando que seria uma galeria, posteriormente disseram que ia ser um restaurante. E agora é o IML. Ninguém foi consultado e não vamos aceitar”, afirmou Luis Claudio.

Assessoria de Imprensa/Vereador Luis Claudio


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