Secretaria de Comunicação

Instituir a Semana de Combate à pedofilia em Cuiabá é um meio de inibir as ações de pedófilos, a que milhares de crianças estão suscetíveis, segundo o vereador Luiz Poção (PP), que apresentou projeto de lei referente ao assunto, que deverá fazer parte do calendário do município.

A matéria esteve na pauta de votação da sessão ordinária desta terça-feira (25) e foi aprovada pelos parlamentares em fase de parecer. Conforme redação do projeto, a “Semana de Combate à Pedofilia” deverá ser realizada, com inúmeras atividades, na segunda semana do mês de outubro, mesmo mês em que se comemora o “Dia das Crianças”.

As atividades a que se refere o artigo 1º serão realizadas por meio de palestras, afixação de “cartazes e folders” explicativos, trabalhos escolares com a participação de diversos segmentos da sociedade e a adesão de órgãos não-governamentais.

Para o autor da matéria, trata-se de extrema relevância, a ação, uma vez que a pedofilia expõe milhares de crianças indefesas a abusos que nem mesmo adultos suportariam, sendo que os criminosos movimentam milhões a cada ano. “Podemos afirmar que existem Clubes de Pedofilia. Esses “Clubes” servem para “associar” pedófilos pelo mundo, onde estes podem adquirir fotos ou vídeos contendo pornografia infantil ou, pior, “contratar” serviços de exploradores sexuais, fazer turismo sexual ou mesmo efetivar o tráfico de menores e aliciá-los para práticas de abusos sexuais. E, pasme, este circo de horrores é responsável pelo desaparecimento de crianças no mundo inteiro.

Portanto, precisamos conscientizar os nossos alunos, políticos, as famílias e a sociedade como um todo, sobre a situação preocupante, imposta pela ação criminosa. "Nossas crianças correm o risco real e imediato de serem assediadas via internet, raptadas para contracenarem em cenas sádicas, doentias, ou ainda, de verem publicada sua dor, sua angústia pelo sofrimento no abuso ou exploração sexual”, frisa o parlamentar.

De acordo com dados da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Brasil é o quarto país do mundo que mais divulga conteúdo com pedofilia na rede mundial de computadores. Segundo Poção, as palestras podem ser dirigidas por profissionais da área, contando com a participação de policiais e civis, promotores públicos, conselheiros tutelares, entre outros.

“Já existem, hoje, cartilhas que podem ajudar nesse trabalho, além do próprio MEC que já tem desenvolvido meios para o combate à pedofilia. Quanto aos cuidados com o uso da internet, os professores podem pesquisar outras formas de ensinar as crianças e adolescentes e evitar o contato com desconhecidos e encorajá-las a denunciar eventuais abusos sofridos. Diante da importância do que se propõe e da gravidade dos acontecimentos relativos a crimes de pedofilia noticiados todos os dias pela mídia é que resolvi apresentar tal projeto, que espero que seja aprovado”, finaliza.

Assessoria CâmaraCba/Gleid Moreira