Dr. Xavier: "A Saúde já não têm fôlego para aguentar tantos trancos diários"

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21/06/2018

Brunna Maria - CMC

Ao se pronunciar hoje (21) sobre sua participação no elenco de vereadores que votaram pela instauração da CPI da Saúde (Comissão Parlamentar de Inquérito), o vereador Dr. Xavier disse que se trata de um procedimento normal para apuração de denúncias que envolvem o setor. "Não vejo aí nenhum confronto declarado com o prefeito da capital, simplesmente pelo fato de ser membro da bancada de apoio do Executivo. Nosso único desejo, até mesmo pela condição de médico odontólogo, membro da Comissão de Saúde na Câmara, é para que tudo seja esclarecido devidamente. Ou seja: se existem denúncias relacionadas aos serviços de Saúde sob responsabilidade do município, e elas existem, o correto é apurar. Se fôssemos agir de modo oposto, aí, sim, seria estranho. Para não dizer ultrajante à sociedade, com a qual firmamos compromisso de representá-la dignamente".

Dr. Xavier disse que os serviços de Saúde Pública não se constituem em atividades triviais, mas, sim, de caráter geralmente complexo. "Os problemas começam pela Atenção Básica, Secundária, e por aí vai... A estrutura de Saúde funciona de modo sequencial, tipo uma engrenagem. Se uma peça está avariada, automaticamente danificará as restantes, e o objetivo de um atendimento eficiente não será cumprido. Não nos moldes desejados pelos seus integrantes. Porque, devo sempre ressaltar, os servidores da área são empenhados em dar de si o melhor. Se às vezes não cumprem alguma atribuição, o motivo reside na falta de algo fundamental, seja medicamentos, insumos e mesmo precariedade física de equipamentos e espaços ocupados pelas unidades locais".

O parlamentar ainda observou que o rol de denúncias relacionadas à Saúde preocupa bastante por envolver um segmento relacionado diretamente à vida humana. "Na verdade, o povo já não aguenta mais. Tem esbarrado em deficiências diversas ao procurar por atendimento digno. Seus direitos de cidadão, até o mais elementar respeito que merece, muitas vezes ficam à deriva da prioridade que deveria receber sempre. E a reversão desse quadro tendencioso parece estar se distanciando".

João Carlos de Queiroz/Secretaria de Comunicação Social - CMC