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16/08/2018
Veteranas da enfermagem cobram aposentadoria digna
Assessoria de imprensa

Faixas do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Simpen) foram afixadas com os seguintes dizeres: "Aposentar com dignidade"

A galeria do Plenário da Câmara ficou lotada hoje (16) com a presença de várias veteranas do setor de Enfermagem da Capital, que, mais uma vez, vieram solicitar a intervenção dos parlamentares para garantir acesso prático às reivindicações tentadas há anos junto ao Executivo local, decorrentes de direitos assegurados no Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Uma das três primeiras enfermeiras do antigo Pronto Socorro de Cuiabá,  Ornezídia de Oliveira, 64 anos, há mais de 40 anos militante na área, disse não entender o porquê da não concessão dos direitos da categoria. Ela cita que já acumulou oito títulos (essenciais para graduação das letras que facultam o benefício salarial), mas 10 anos depois - lamentou -  ainda continua no mesmo patamar, o que prejudica sua aposentadoria. Situação que outras colegas também vivenciam.

"Solicitamos para ir à última letra (e), direito nosso, já conquistado, por conta dos títulos obtidos. Quem tem títulos, meu caso e de várias colegas em fase de aposentadoria, precisa ter isso oficializado. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários estabelece oito especializações para estar na última letra. Direito que não conseguimos acessar, apesar de ter acumulado tais títulos. Os títulos decorrem de habilitações distintas, cursos de Especialização, Mestrado, Doutorado, etc... Então, queremos sensibilizar a classe política, pedir que estenda apoio a quem trabalha há tantos anos para garantir uma boa saúde pública". 

PIONEIRA EM SAÚDE PÚBLICA  

A história da enfermeira Ornezídia começou em Coxins, Mato Grosso do Sul, terra natal. Dali, ela foi morar em Goiânia, cidade em que atuou na Maternidade Modelo. Resolveu mudar-se para Cuiabá em 1979 e  cursar Enfermagem na Universidade Federal. "Cheguei aqui apenas com o curso de técnica, para depois obter o diploma de enfermagem, meu objetivo maior. Naquela época, existia apenas a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Geral. Trabalhei, primeiro, na condição de contratada, no primeiro Pronto Socorro, que funcionava num anexo da Santa Casa de Misericórdia. Atuei junto com as enfermeiras Nádia Nara e Tereza Arraes. Uma unidade bem simples, bem diferente do que existe hoje. Mas atendia regularmente".

A Enfermagem, frisou, é e sempre será sua paixão. "De uns tempos para cá, ando meio desencantada é com a classe política, pois não conseguimos chegar ao patamar, conquistar nossos direitos. Existem no papel, não na prática. E cá estamos, para novamente pedir ao Legislativo para ser solidário à nossa causa. Chega um momento em que você tem que se aposentar. É fundamental que isto aconteça com dignidade também salarial. Nada mais justo do que ser beneficiado com acréscimos salariais concedidos por lei. É fruto do nosso empenho".

Ornezídia recorda que aderiu ao grupo do Programa de Saúde da Família após passar em concurso público. "Esse programa, a meu ver e de várias colegas, perdeu seu rumo original, está desvirtuado. Antes, funcionava de forma esplêndida, resolutiva. Mas não funciona como antes. Até mesmo porque muitos dos seus integrantes não cumprem os requisitos que estabelece, a exemplo de visitas regulares aos pacientes. Antigamente, tínhamos uma área delimitada, famílias definidas. Isso acabou em grande parte, não é como antes".

João Carlos de Queiroz/Secretaria de Comunicação Social - CMC



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