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03/05/2019
"Salvadores da Pátria não cabem na política, e sim, trabalhadores pelo povo", afirma Dr. Xavier
O vereador Dr. Xavier, odontólogo eleito com invejável apoio popular, discorreu hoje (3) sobre alguns pontos que considera fundamentais no exercício legislativo. Segundo expôs, "o povo já está cansado das velhas práticas políticas, e a exigência normal dos munícipes é de que os eleitos realmente trabalhem firme pelo coletivo social, sem pensar em ganhos pessoais".
Na entrevista abaixo, Dr. Xavier distorce algumas visões que considera errôneas acerca do real papel do Parlamento, além de enfatizar sua disposição de elaborar e defender projetos de lei efetivamente voltados a atender à comunidade do município, sem distinção de polos regionais ou de classes sociais. 

P - Na qualidade de um dos representantes da Comissão de Saúde na Câmara Municipal, o senhor acha que a estadualização da Santa Casa resolve {de vez} o problema da tradicional unidade?

Dr. Xavier - Veio em bom tempo a decisão do governador Mauro Mendes, apoiada pelos gestores municipais e pela Casa de Leis, de encampar a condução administrativa da Santa Casa. Essa reunião de ontem (2), realizada no Palácio Paiaguás, fechou um longo ciclo de debates que pareciam infrutíferos. Isso porque as discussões se arrastavam há meses, praticamente assumindo caráter não resolutivo. Tornou-se um diálogo meramente oficial, espécie de justificativa ao fechamento das portas dessa unidade e à série de problemas resultantes, a partir daí.

P- Particularmente, o senhor acreditava numa solução?

Dr. Xavier - Diria que sim e, também, que não. Explico: o "vai-e-vem" de opiniões imposto por todos os lados (gestores, políticos, instituições) não chegava a um denominador comum.  Sempre lembrando que participamos de várias encontros entabulados nesse sentido. Houve um momento que nem os próprios participantes das reuniões já acreditavam que alguma coisa de prático iria ser fechado. Até mesmo o ministro da Saúde interagiu conosco aqui e em Brasília, pedindo um relatório preciso sobre as pendências da Santa Casa. Afirmou que a União não estava se esquivando de auxiliar a instituição, mas ele {ministro} não iria emitir um cheque em branco, precisava ter respaldo legal da realidade vigente na Santa Casa. "Façam uma devassa documental lá e me apresentem o relat&oa cuterio", disse no último debate. Ainda bem que tudo foi resolvido ontem: a Santa Casa - agora sob o gerenciamento do Estado - vai voltar a sequenciar atendimentos de alta complexidade, sua especialidade. A interrupção desses serviços trouxe abalos sérios na Saúde Pública.

P - Que outros avanços apontaria no novo destino da Santa Casa?

Dr. Xavier - Além de a unidade hospitalar poder reabrir suas portas e receber pacientes de Cuiabá e de todo o Estado, salvando vidas - o que é mais importante -, fica evidenciado que a atual gestão está comprometida com o povo, tem laços capazes de abraçar muitas demandas. Outras instituições SUS devem ser assistidas, penso eu, de modo que possam continuar atuando por aqueles sem condições de bancar tratamento particular. A Santa Casa, deve ser ressaltado, não é hospital público, mas particular. Mas detém convênio com o Sistema Único de Saúde, e sempre foi referência de atendimento SUS. Exemplo disso é o aporte das ambulâncias terapias na Santa Casa durante todo o período em que esteve atuante. Muitas, inclusive, à parte do território mato-grossense, inclusive da Bolívia. Outro ponto positivo da estadualização acordada é a regularização salarial dos servidores, categoria que vinha padecendo há meses por conta da má-gestão do hospital, que culminou com seu fechamento. 

P- Como o senhor analisa a atual Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá?

Dr. Xavier - Excelente. O vereador Misael Galvão, e os demais membros da Mesa Diretora, já provaram que não estão no cargo apenas para arregimentar elogios, mas para trabalhar. E é o que todo o grupo diretriz do Parlamento tem feito com muita humildade e empenho dedicado. O estilo Misael Galvão, cidadão humilde, procedente do meio dos camelôs, é hoje uma aposta segura de que o Legislativo tem muito futuro. A velha imagem cunhada em passado recente, de "Casa dos Horrores", não existe mais. Agora é Casa do Povo, portas não apenas abertas, mas escancaradas. Você chega na presidência e fala sem burocracia com Misael ou com o chefe de gabinete, e a mesma coisa acontece com os demais assessores de alto escalão, secretários desta nova gestão. É um diferencial significativo, observado pelos munícipes. E o detalhe maior d iz respeito à lisura de todo processo administrativo do Parlamento, a rigidez na exigência das atribuições de cada Pasta. Em resumo: o fato de ser uma gestão democrática, não aboliu a praticidade capacitada, bem como a procura árdua, cotidiana, para que outras melhorias sejam alcançadas. O presidente Misael Galvão, a meu ver e de quantos acompanham sua trajetória há anos, já entrou para a história da Casa de Leis como um dos grandes exemplos de soberania carismática. 

P - Na mesma linha, qual é sua análise do trabalho desenvolvido pelo prefeito Emanuel Pinheiro?

Dr. Xavier - Emanuel está num patamar acima do razoável, entre bom e satisfatório. Emanuel tem feito muito mais do que poderíamos supor que conseguisse realizar. Cuiabá está enorme, e as demandas acumuladas se tornaram desafios para qualquer gestor. Basta dizer que nós temos dificuldades, por vezes, de arrumar nossos lares, promover reformas. Imagine então o que é cuidar de uma capital das dimensões de Cuiabá, incluindo os setores distritais. O prefeito tem surpreendido nesse aspecto, dia após dia, inaugurando creches, escolas, novos terminais de ônibus, asfaltando bairros e estendendo o trabalho dos órgãos sob sua administração em áreas que não tinham sido beneficiadas pelo Poder Público. A Cuiabá de hoje é uma cidade limpa, gostosa de se viver. Houve tempo que nem lixo recolhiam, para desespero da popula&cc edilão. Por mais agruras que ainda a gestão municipal possa estar enfrentando e venha a enfrentar, considero vitorioso o trabalho executado pelo prefeito Emanuel Pinheiro e sua equipe. A Região Oeste, só para citar, tem merecido máxima atenção da Municipalidade. Quem duvidar, que ande por sua ruas: é o novo mini estádio do Jardim Cuiabá, o PSF do Jardim Independência reformado, restauração de ruas e avenidas nos bairros José Pinto, Cidade Alta, Novo Terceiro, Parque Amperco e uma série de unidades habitacionais que agora respiram mais aliviadas pela presença dos tratores do município.

P - O transporte coletivo voltou a ter a tarifa de R$ 4,10. Qual sua opinião sobre esse valor?

Dr. Xavier - O Conselho deliberou por uma tarifa que extrapola as condições dos humildes usuários do sistema de transporte coletivo. Não há nada que respalde um aumento nesse segmento, visto que a frota em circulação é velha, deficitária. São ônibus sucateados, a maioria sem ar-condicionado, e quem viaja neles pode escutar antecipadamente o clima de ensaio de uma escola de samba, em virtude dos rangidos e das batidas sequenciais da lataria, portas, assentos. Utilizar esse tipo de transporte é quase uma aventura, e ninguém é obrigado a pagar mais para suportar tanto desconforto. Particularmente, fiquei indignado com esse aumento. Espero que Cuiabá ainda faça justiça também no sistema de transporte coletivo. O atual é desestruturado, sem condições de ofertar o mínimo conforto aos passageiros, sejam idosos, cria nças, mulheres grávidas, etc. Vamos continuar nessa luta por melhorias e a implementação de tarifas justas, condizentes à realidade do transporte público em Cuiabá. 

P - O senhor faz parte da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social. O que exatamente faz essa comissão e quais os trabalhos em andamento?

Dr. Xavier - A Comissão de Saúde tem um papel de responsabilidade fiscalizatória bem abrangente. É uma mediadora em determinadas crises que eclodem no setor, conforme aconteceu com a interrupção dos serviços da Santa Casa e a delicada situação a que foram expostos servidores e pacientes que necessitam daquele hospital. Sempre enfatizando que outros conveniados ao SUS têm idêntica importância no contexto de atendimento à população, enfrentando demandas graves para continuar trabalhando. Aí entra o idealismo que já citei várias vezes. No tocante específico à comissão, ela representa um filtro analítico para que as falhas sejam corrigidas e não se reflitam nos munícipes. Apesar de a Câmara não ser executora de obras, papel do município, dos gestores ali lotados, o Legislativo &eac ute presença constante para que os avanços aconteçam da forma desejada pela sociedade. A Comissão de Saúde está igualmente integrada a esse propósito, e possui um sem número de trabalhos finalizados e outros em fase conclusiva.

João Carlos de Queiroz - Câmara Municipal de Cuiabá


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